Por que temos presenciado tanto sofrimento ultimamente?

Palestrante discute ansiedade, depressão e o aumento do número de suicídios à luz da Doutrina Espírita.

O aumento sem precedentes do número de doenças mentais foi o fio condutor da palestra “As emoções não ressignificadas que nos adoecem”, proferida por José Carlos de Sousa na noite de sábado, dia 10 de junho, durante o 7º seminário do grupo Acolher, na Comunhão Espírita de Brasília. “A humanidade está adoentada e precisa ser curada. Essa cura virá de cada um de nós, de cada pessoa, cada mente, cada coração. Devemos cuidar da nossa saúde mental, da nossa ansiedade, da nossa depressão, da nossa cobiça, da nossa angústia, de tudo aquilo que nos coloca numa faixa vibratória que nos traz adoecimento”, afirmou.

José Carlos de Sousa lembrou trechos da Revista Espírita onde Allan Kardec, o decodificador da Doutrina Espírita, fala sobre o final dos tempos. Entretanto, esse “final dos tempos” não seria o apocalipse ou o fim do planeta Terra, mas o final dos tempos de sofrimento, quando o plano terrestre evoluirá de planeta de provas e expiações para um planeta de regeneração, onde os sofrimentos serão menores. Nesse sentido, Kardec pontuou que o sinal do final dos tempos seria o aumento dos casos de “loucura”. De acordo com o palestrante, essa elevação da graduação planetária da Terra, prevista por Kardec, será feita a partir de uma maior conscientização emocional que começará individualmente e alcançará grande vulto.

“Por isso é que precisamos ressignificar as nossas emoções. Uma emoção nada mais é que um instrumento de alerta do nosso corpo. As emoções vão existir sempre. Não devemos imaginar que em algum momento de nossas vidas iremos viver sem medo, sem ansiedade, sem sofrimento, mas precisamos olhar para essas situações como elementos que estão batendo à nossa porta para que modifiquemos o nosso íntimo”, defendeu.

Utilizando o exemplo do “Mito da Caverna”, célebre alegoria de Platão para tratar da busca da verdade, o palestrante afirmou que a trajetória de autoconhecimento é incômoda e dolorosa. “Não é fácil mudar, ressignificar emoções, é mais fácil estar onde sempre estivemos”, disse. “Estamos exatamente nessa caverna, nesse lugar escuro onde as sombras da vaidade, da ignorância e do egoísmo projetam imagens de preconceito, de conceitos errados que fazem sofrer a todos nós”, completou.

A palestra encerrou o 7º Seminário do Grupo Acolher, iniciativa da Comunhão Espírita que oferece aos assistidos momentos para compartilhar experiências e dores causadas por ansiedade, medo, insegurança, depressão e por outros transtornos emocionais.

Confira a íntegra da palestra:

Texto: Ana Guimarães

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