Como é o mundo espiritual?

Papel crepom, palitos de madeira, embalagens plásticas, papelão, pedaços de bijuterias, canudinhos, unhas postiças, massa de biscuit, jarros de cristal, vidros de perfume. Esses são alguns dos materiais reciclados por Adélia Vabo para criar a representação do Nosso Lar, o mundo espiritual para onde a maioria dos espíritos deseja ir depois da desencarnação.

Professora de matemática aposentada pela Secretaria de Educação do GDF, Analista Tributário da Receita Federal aposentada, com formação em Ciências Físicas e Biológicas, Adélia é integrante da Associação Médico Espírita do Distrito Federal – AMEDF. Ela conta que em uma reunião da AME, quando se realizava o estudo sistemático das obras de André Luiz, candidatou-se à discorrer sobre o capítulo 8, do livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier.

O referido capítulo apresenta  em pormenores, sobre a Organização de Serviços, como se dispõem a colônia e seus ministérios. A partir das características explanadas no livro, Adélia montou uma maquete para a sua apresentação ao grupo. “Como professora, tendo à representar a concretude do assunto. Isso facilita a didática, pois temos dificuldade em assimilar informações abstratas”, explica.

 

 

 

 

 

 

 

 

Adélia Vabo

Um instrumento

Adélia considera que sua obra tem diversas autorias espirituais. Sua intuição para essa construção começou a aflorar depois que começou a estudar e pesquisar na internet, assistir à vídeos e ler muitos escritos que descreviam a vida no plano espiritual. As obras de André Luiz que compõem a coleção A Vida no Mundo Espiritual, Os Mensageiros, Obreiros da Vida Eterna, Libertação, Entre a Terra e o Céu, Ação e Reação, Sexo e Destino e E a Vida Continua, tiveram suas identificações representadas na maquete, bem como as de autoria de Heigorina Cunha, Cidades no Além e Imagens do Além.

A artista jamais havia percebido em si, qualquer habilidade para trabalhos manuais e sente como se tivesse sido capacitada para construir a maquete. Essa obra é muito maior que eu. Sou apenas um instrumento. Sinto que dentro de mim, há subsensores que nunca tinha experimentado. Sinto também que a obra vai na direção da necessidade do momento”, considera.

Adélia ressalta a importância da Comunhão Espírita de Brasília para a própria condição de existência da maquete, na forma em que se encontra hoje. O ambiente físico e espiritual foram adequados à inspiração e à fluidez da criatividade, permitindo assim, sob a influência mais próxima dos mentores, considerar pronta, para o objetivo a que se destina, a idealizada maquete.

 

 

 

 

 

 

 

 

A realidade espiritual

A vida imita a arte, ou nesse caso, “imita” a vida espiritual. Da mesma forma que Vabo periodicamente altera a maquete, uma passagem do livro Nosso Lar, diz que “nossos serviços são distribuídos numa organização que se aperfeiçoa dia-a-dia, sob a orientação dos que nos presidem os destinos.”

E quem considera que a maquete é um estímulo à percepção de que o mundo espiritual tem a mesma realidade do mundo terreno, “só que mais aperfeiçoado”, é a presidente da AMEDF, Fabíola Lima. Médica pneumologista e acupunturista, ela relata que conheceu a maquete no final de 2021 em uma sala alugada pela autora apenas para abrigar o imenso trabalho. “Fiquei impactada com tamanha expressão”, considera.

 

 

 

 

 

 

 

Fabíola Lima

A maquete foi doada para a AMEDF e agora se encontra para visitação no hall da Comunhão Espirita. O objetivo é levar essa percepção para mais pessoas em outras instituições espiritas, assim como está aberta à visitação, principalmente das crianças, “para que comecem a internalizar de maneira natural, a realidade do mundo espiritual”, considera Adélia.

A AMEDF

A presidente da AMEDF conta que a Associação foi criada em 2007 na Comunhão Espírita de Brasília pelo incentivo da doutora Marlene Nobre, fundadora do movimento médico espírita no Brasil e no mundo. Fabíola a conheceu em uma palestra sobre ciência, medicina e a Doutrina, quando a doutora Marlene expressou o desejo de conversar sobre o núcleo de médicos espíritas. A Comunhão acolheu o braço científico da Doutrina, e hoje, a Associação mantém parcerias com a Comunhão Espírita de Brasília.

Vinculada à AME Brasil, assim como, cerca de 72 AME em todo o país, a do DF tem também como referência o tripé do trabalho das AME que são: estudo e ensino, pesquisa e benemerência.

 

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