Convidado da noite foi Ênio Francisco, psicólogo, filósofo, psicoterapeuta e psicodramatista.
Filosofia, doutrina espírita, passagens bíblicas, conceitos de medicina, psicologia, metáforas sobre a vida e até o uso de drogas psicoativas. A conversa sobre o valor e o sentido da vida, pauta do “Comunhão Inspira” do último sábado de setembro, dia 30, realizado com o anfitrião Ricardo Honório e Ênio Francisco, psicólogo e filósofo espírita, foi tão rica quanto leve. Para além de trazer respostas prontas, os debatedores levantaram pontos que deixam os espectadores em estado de questionamento e reflexão.
“Já perceberam que estamos perdendo a sensibilidade? Já não nos espantamos em face das injustiças sociais, dos sofrimentos dos nossos semelhantes. Quando entramos nessa insensibilidade, o nosso sentido do que é a vida se fragiliza. Precisamos despertar filosoficamente a nossa capacidade de espanto para vivermos em mais plenitude”, afirmou Ênio Francisco, atendo-se ao conceito de “normose”. De acordo com o filósofo, a normose é um conceito de crenças e valores onde acreditamos que tudo está dentro de uma normalidade, mas que é extremamente patológico. “As pessoas entram nos relacionamentos com a ideia de ficar apenas enquanto estiver bom e no primeiro desafio pulam fora da relação”, relatou.
“As pessoas acham que é normal os filhos fazerem uso de drogas porque, afinal, eles precisam gozar a liberdade e a juventude quando, na verdade, está implícita uma patologia familiar. Isso é a normose”, explicou Ênio Francisco. Como referenciais de “sentido e objetivo” da vida, o filósofo recomendou observar o sentido, a direção que estamos dando à nossa trajetória. “O meu sentido está me levando para o maior de todos os vícios, que é o egoísmo? O sentido está nos direcionando para o egoísmo ou para o amor?”, ponderou.
A íntegra dessa conversa descontraída e profunda pode ser acessada no canal do Youtube da Comunhão Espírita de Brasília.
Texto: Ana Guimarães