O juiz e palestrante espírita Haroldo Dutra Dias encerrou a segunda noite do VIII Congresso Espírita do DF, no dia 22 de abril, com o tema “São chegados os tempos”. Numa abordagem filosófica e bem-humorada sobre a evolução espiritual, que terminará sempre para o espírito em um mundo celeste, Haroldo afirma que é chegado o tempo de a Terra subir um degrau na escala dos mundos. “A escola não pode depender da boa ou má vontade dos alunos. A escola segue”, disse, referindo-se à evolução do planeta sob a supervisão de Deus, o amor supremo e infinito da criação.
O palestrante buscou demonstrar como Deus, que é inteligência e amor, se importa com cada um dos seres humanos nesse momento de transição planetária. “Deus estabelece tempos porque Ele não fica a esperar indefinidamente”, disse. Durante a mudança de mundo de provas e expiações, onde o mal domina e predomina, é preciso ter em mente que nos novos tempos o poder será exercido através do amor. “Quem mais ama, mais governa”, enfatizou Haroldo.
A lei da reencarnação, explicou o palestrante, é responsável pela transformação do ódio em amor: “No abrigo dos lares humanos a justiça divina se faz sem alarde”. No entanto, a rapidez da transição planetária não depende de cada um individualmente, mas da coletividade. “A viagem de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração é uma viagem que fazemos juntos”, afirmou.
Outro aspecto da transição planetária, mencionado por Haroldo, está na solidariedade entre os mundos. Desta forma, espíritos mais evoluídos e experimentados virão ajudar a Terra nessa etapa. “Quem fará a nossa entrada no mundo de regeneração serão nossos irmãos mais velhos, que amam mais que nós, têm mais inteligência emocional e maior habilidade em lidar com sentimentos. Eles virão arquitetar a nova era”, sublinhou.
Haroldo Dutra finalizou a exposição com palavras de ânimo e esperança: “São chegados os tempos da Terra e cada um será tratado segundo suas necessidades, porque foi dado o poder de governar o planeta a alguém que é nosso irmão mais velho. E no discurso de posse, ele disse: nenhuma das ovelhas a mim confiadas se perderá”.