A abertura do 16º Seminário sobre Dependência Química ocorreu neste domingo, dia 6, com a palestra “No caminho largo da vida, encontrei a droga”, pelo orador espírita e psicólogo Ênio Francisco. O evento, virtual e transmitido pela TV Comunhão, segue até o dia 27 de novembro, sempre aos domingos, a partir das 15h.
A palestra de abertura, proferida pelo Dr. Ênio Francisco, que também é autor do livro “Falando a real: caminhos para vencer as drogas”, foi uma mensagem de esperança para aqueles que buscam uma saída para a dependência química. Ele destacou que seu conhecimento sobre as drogas não foi adquirido apenas nos livros, e por meio de seu mestrado e doutorado na área, mas principalmente na sua experiência de vida.
De acordo com o autor, o primeiro passo para vencer as drogas é reconhecer que somos impotentes diante do uso delas. Além disso, Ênio Francisco sublinhou que muitas vezes as pessoas buscam as substâncias químicas para ressaltar o que elas acreditam ser a sua própria potência, para conquistar a ideia de superioridade, grandiosidade e felicidade. No entanto, citando o livro “O problema do ser, do destino e da dor”, de León Denis, o palestrante salientou que, enquanto almas, temos um projeto espiritual. Nesse sentido, comentou também o item 12 do Capítulo XIX de O Evangelho Segundo o Espiritismo: “A fé é divina e humana. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade à serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passam de um desenvolvimento das faculdades humanas”.
Ênio Francisco falou que quando as pessoas se colocam, nesse mundo, na direção dos caminhos largos, dos prazeres que a vida oferece nesse plano terreno, aí começa o sofrimento, porque os prazeres excessivos equivocadamente as colocam no sentido oposto das Leis de Deus. “À medida que vamos nos entregando a essas experiências prazerosas que o mundo proporciona vamos aumentando as grades dessa prisão da consciência”, alertou.
O psicólogo pontuou, ainda, que a busca pela cura real requer entender que a dependência química vem agregada com um conjunto de outros comportamentos. “É muito comum no dependente químico a conduta da manipulação, da autovitimização, da mentira e da infidelidade. Então, quando queremos a melhora real, precisamos compreender que todos esses comportamentos devem ser combatidos por meio do autoconhecimento e do autoamor”, acrescentou.
Para ele, ser diferente é afirmar para si mesmo a frase a seguir: “Independente de condição e cultura, eu faço a opção pela sobriedade. Isso nos dará uma expansão da consciência, de modo que seremos felizes de verdade e não com a pseudofelicidade que as substâncias químicas oferecem”, finalizou.
Com a coordenação da Diretoria de Atendimento e Orientação (DAO), o 16º Seminário sobre Dependência Química continua nos próximos domingos do mês de novembro com as seguintes palestras:
13/11 – “No caminho estreito da vida, uma possibilidade”, pela oradora espírita Patrícia Torres
20/11 – “A família como fator de proteção ao uso de droga”, pela oradora espírita Antônia Nery
27/11 – “Dependência química e Automutilação”, pelo orador espírita João Leal
Por Flavia Rocha
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