Projeto Mãos Estendidas dá seus primeiros passos

Os voluntários que se cadastraram para trabalhar no Projeto Mãos Estendidas, de acolhimento a pessoas em situação de rua, reuniram-se pela primeira vez na manhã desta sexta-feira, dia 11, para um café da manhã.

A coordenadora do projeto, Maria Tereza Carvalho, também diretora de Promoção Social, recebeu cada voluntário com rosas. Durante as duas horas de encontro, cada equipe se apresentou e relatou como será feito o trabalho, desde a equipe de acolhimento dos que serão assistidos, até os contadores de histórias, os responsáveis pela arte terapia, os que farão a roda de conversa, a equipe do passe e dos grupos mediúnicos que darão sustentação espiritual a todo o trabalho.

Ao final, o presidente Adilson Mariz acompanhou os voluntários a uma visita pelas novas instalações construídas para atender ao projeto, como banheiros, salas para atendimento e a nova cozinha montada com equipamento industrial.

O que é o Mãos Estendidas

Nos últimos anos tem crescido no DF o número de famílias sem moradia permanente, conhecidos como moradores em situação de rua ou sem teto. É notável a quantidade de desabrigados que dormem nas calçadas, em locais onde antes não eram vistos. A pandemia agravou essa situação.  A crise econômica  decorrente fez aumentar o número de desamparados e daqueles que buscam na Comunhão algum tipo de ajuda.

Esse foi o quadro que levou a Diretoria de Promoção Social a entende ser necessária uma atuação concreta no sentido de ampliar o amparo já praticado pela Casa. Assim nasceu o Projeto Mãos Estendidas, que tem por objetivo levar a esse grupo uma assistência completa, de maneira estruturada, de forma que esses irmãos recebam, além da assistência material, amparo espiritual e orientações diversas.

O Projeto está dividido em duas partes:

– Objetivos Imediatos (curto prazo) – Prover aos irmãos desamparados assistências material, espiritual e social mínimas: banho com troca de roupa, lavagem da roupa usada, café da manhã, almoço, palestras motivacionais de cunho evangelizador, passes magnéticos com água fluidificada, atendimento fraterno e roda de conversa, grupo de desobsessão, orientação quanto ao uso de serviços públicos assistenciais, corte de cabelo e outras formas de orientação.

– Objetivo Final (longo prazo) – Desenvolver ações visando reinserir os desabrigados em seu meio social por intermédio de convênios e parcerias com entidades de assistência social e privada, como cursos profissionalizantes e de aperfeiçoamento,recolocação profissional, assistência para tratamento dos dependentes químicos, passagens para deslocamento do desabrigado à sua cidade natal, com vistas  à sua reintegração na família.

Segundo Maria Tereza, os serviços a serem prestados para o funcionamento do Projeto são amplos e demandarão uma gama muito grande de trabalhadores de diversas especialidades. Por esta razão, a Comunhão está organizando uma equipe multidisciplinar, compostas por trabalhadores e voluntários da DPS e das demais Diretorias da Casa a fim de proporcionar o melhor atendimento possível aos assistidos, com foco no “espírito imortal” e na terapêutica no Evangelho de Jesus.

Voluntários

Mais de 40 voluntários inscritos no Projeto participaram de dez encontros/oficinas em ambiente virtual, iniciadas em 29/10/2021, sendo a última realizada em 6/02/2022, chamadas de Oficinas do Sentimento. Nelas, cada um foi convidado a desenvolver o amor ao próximo, a empatia e o calor humano necessários ao trabalho.

Maria Tereza enfatiza ser  importante que todos os voluntários que se cadastram no Projeto continuem estudando e trabalhando a sua reforma íntima para que os irmãos assistidos encontrem em cada trabalhador o padrão vibratório que lhes proporcionarão a cura espiritual

As atividades de auxílio aos moradores em situação de rua serão prestadas todas as sextas feiras, das 7h às 15h. O início dos trabalhos esta previsto para abril.

Posso me voluntariar?

Maria Tereza explica que no momento já existem voluntários suficientes e a equipe não tem como crescer. Àqueles que perguntam se podem levar pessoas em situação de rua para particpar do projeto, ela também esclarece: “Muita gente me pergunta se pode levar moradores de rua para o trabalho. Eu afirmo de que não é necessário  porque atendemos 485 moradores de rua em 2021, que compareceram, cada um, em média, três vezes por ano na Comunhão em busca de doações. Continuamos atendendo esses irmãos e vamos lhes dar prioridade por intermédio de um convite individual. Lembrando que teremos que limitar o atendimento em razão do espaço físico. Eu particularmente acredito que a espiritualidade irá encaminhar aqueles que deverão ser tratados”.

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