Reconhecida pela OMS como doença crônica, a dependência química pode ser lícita (álcool e nicotina) e ilícita (maconha, cocaína e crack). Por trás dela, pode existir uma psicopatologia, que são condições que afetam a saúde mental e alteram o pensamento, o comportamento e as emoções da pessoa. Com essa explicação, a palestrante Antônia Nery iniciou sua apresentação na abertura do 17º Seminário de Dependência Química promovido pela Diretoria de Atendimento e Orientação (DAO).
Segundo Antônia Nery, o desejo de aliviar sintomas emocionais e psicológicos é o principal motivo da dependência química. Reduzir a ansiedade e a depressão, por exemplo, pode levar a pessoa a buscar as drogas. Por isso, o tratamento precisa abordar simultaneamente a dependência química e o transtorno emocional. Ela citou ainda, o TDAH, a bipolaridade e o transtorno narcisista como fatores que favorecem à dependência.
A palestrante abordou como reconhecer o processo que leva à dependência química, já que ela leva a uma mudança permanente na personalidade da pessoa. Nery alertou sobre a crença de que um dependente não teria sentimentos. Para ela, isso não é verdade, porém estão distorcidos. “É preciso entender que a dependência química afeta o corpo, a mente e as emoções, trazendo mudanças significativas no comportamento. O perfil psicológico do dependente químico envolve baixa autoestima, impulsividade, dificuldade em lidar com emoções negativas. Isso precisa ser observado”, afirmou.
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