Hoje crianças e adolescentes retornam à evangelização na Comunhão Espírita. Ao todo, 722 alunos estão matriculadas para esse ano letivo.Mas se você pai ainda quiser inscrever seu filho, não tem problema. As matrículas continuam até o final do ano. A diretora de Infância e Juventude da Casa, Cláudia Maria Santos Lima, explica que mesmo aqueles alunos que entram no meio ou final do ano aproveitam as aulas de forma integral: “os nossos conteúdos programáticos são planejados para que alguns temas se repitam com graduação de profundidade diferente. O nosso objetivo principal não é apenas o conhecimento, mas despertar no coração dos jovens atitudes. Não fazemos prova ou avaliação, oferecemos pequenos tijolos, um por cada vez para o espírito. E no ano seguinte o que ele não conseguiu compreender ele terá oportunidade de receber mais informações que o ajudarão a esclarecer.”

Podem participar da evangelização bebês de três meses de vida até os 18 anos. Para os bebês existe uma fila de espera. Mas a partir dos 4 anos de idade não tem limites de vagas. São dois horários aos sábados pela tarde. O primeiro 14h30 e o segundo 15h45. São 27 turmas, divididas por faixa etária.

O equilíbrio do pequeno depende também de uma participação maior da família

A evangelização é importante para aquelas crianças e adolescentes que revelam uma mediunidade precoce. O convívio na casa pode ajudar a fazer com que os espíritos que tentam se comunicar entendam que esse ainda não é o momento.
Mas o trabalho de harmonização de jovens e crianças, mesmo aqueles que não tem mediunidade ostensiva, não depende apenas de irem para a evangelização. Os pais precisam participar do processo. Os pais precisam servir de modelo. “ O modelo arrasta. Não é apenas: filho, você tem evangelização hoje, e sim hoje nós temos evangelização. Assim teremos um aprimoramento familiar. A evangelização é da família. A gente pensa que porque é adulto já aprendeu, mas é importante lembrarmos que também somos espíritos em aprendizagem”, afirma a diretora da DIJ. Para promover essa relação, enquanto as crianças estão em aula, os pais podem participar da reunião de pais. Cláudia conta que já ouviu relatos de mudanças na harmonia da casa após reforço do evangelho no lar. Essas reuniões de pais são palestras onde cada semana é trabalhado um tema, desde um capítulo de O Evangelho Segundo o Espiritismo, até temas relacionados a questões de família e outros sugeridos por eles. Os temas são disponibilizados no mural e no site na área da DIJ. Além disso, a diretoria disponibiliza conteúdos online que podem ajudar a construir uma reflexão da doutrina em casa, fortalecendo ainda mais os laços e hamronizando não só a família como o lar também. Os contéudos são para pequenos e grandes. A maioria foi produzido na pandemia.
A evangelização pode também ser mais do que um caminho de aprendizagem. Cinquenta por cento dos evangelizadores já passaram pela evangelização. Quando chegam aos 18 os jovens são convidados a repassarem para os menores o que aprenderam ao longo dos anos.

Claudia, é um dos exemplos. A diretora chegou na casa aos 12 anos, virou evangelizadora e agora coordena o setor de infância e juventude da Comunhão.