O 16º Seminário de Dependência Química, promovido pela Diretoria de Atendimento e Orientação (DAO), foi encerrado neste domingo, dia 27, com a palestra do orador espírita João Leal sobre dependência quimica e automutilação.
Para o palestrante, tudo o que desequilibra a pessoa e cria autopunição pode ser considerado automutilação. Ele narrou como entrou em contato, na juventude, com um amigo dependente químico que acabou por tirar a própria vida. Trinta e oito anos depois do episódio, Leal soube que o amigo, no plano espiritual, tinha iniciado sua recuperação.
“É preciso conhecer as consequências quando iniciamos nessa seara da dependência química”, alerta. Leal trabalha com a recuperação de pessoas que se encontram no torpor das drogas pelas ruas de Brasília e fala sobre a felicidade que é ouvir de um dependente que ele quer iniciar a recuperação.
Segundo o orador, é tão difícil retirar alguém das drogas que nem mesmo todos os recursos financeiros usados pelos Estados Unidos com armamentos, satélites e segurança seriam capazes de livrar 5% dessa população do uso de drogas. “Não é a força, não é o dinheiro, mas o afeto que permite ao dependente químico sair de sua situação”, enfatiza.
Leal narra que antigamente o rentável negócio das drogas tinha um perfil-alvo: jovens de família desestruturada. Hoje, no entanto, a juventude pode estar em um ambiente familiar saudável, mas basta provar a droga uma vez para se tornar dependente químico. “Isso é muito preocupante. A depedênncia se instala do dia para a noite”, salienta.
Assista à palestra na íntegra.