Comunhão lança Projeto Viver para lidar com o suicídio

A Comunhão Espírita lança hoje, às 19 horas do dia 5 de outubro, na sala 13, o Projeto Viver, com o objetivo de oferecer apoio às pessoas com ideação suicida e às famílias enlutadas pela perda de um ente querido pelo suicídio.

Segundo Ruth Daia, coordenadora do projeto e membro da Diretoria de Atendimento e Orientação (DAO), o crescimento do pedido de ajuda dessas pessoas na Comunhão levou a DAO a colocar em prática um projeto idealizado em 2016 por Malu Bezerra, vice-presidente da Casa.

“Em 15 dias ampliamos a ideia inicial, angariamos os voluntários e facilitadores, e apresentamos à Presidência”, explica. À exemplo do Grupo Acolher e do Grupo de Dependência Química, o Projeto Viver será um grupo de autoajuda, cujos voluntários já vêm se reunindo há dois meses para harmonização.

“Vamos trabalhar com uma dor imensa, a partir das experiências daqueles a quem vamos acolher, e felizmente sentimos que o grupo já está pronto, dado o grau de entrosamento desses nove facilitadores”, salienta.  Para participar das reuniões do Projeto Viver, basta se dirigir à sala 13 da Comunhão ou ao atendimento fraterno. Será oferecido, além do tratamento de autoajuda no grupo, o tratamento espiritual em um dos inúmeros grupos para esse fim.

A meta é, segundo Ruth Daia, não só levar conforto a essas pessoas, mas oferecer orientações sobre como enfrentar a dor através do autoconhecimento.

O cenário da ideação suicida

Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2010 e 2019, ocorreram no Brasil 112.230 mortes por suicídio, o que significa um aumento de 43% no número anual de mortes.

“É desesperador o cenário da ideação suicida no momento, não só na Comunhão, mas no Brasil e no mundo. Os dados oficiais não dão conta dos números reais, pois há casos não registrados nas delegacias, nos hospitais”, destaca a coordenadora.

O Projeto Viver visa, portanto, mostrar que a vida é nosso bem mais importante, mesmo com todas as dificuldades. “Nosso trabalho vai ser desenvolvido pelo grupo de apoio com base na escuta ativa, na terapêutica cristã e no esclarecimento das dores de forma ecumênica. Por isso, são bem-vindas as pessoas de qualquer religião, não apenas espíritas”, esclarece a diretora da DAO.

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