Ainda dá tempo de se emocionar com Dona Irene

Hoje tem a última sessão da peça Memórias de Dona Irene. Será 19h30, no auditório Bezerra de Menezes.

Ontem, a casa estava cheia. E os 41 atores foram aplaudidos de pé. A peça emocionou todos os presentes. Estavam na plateia familiares de Dona Irene e seu Mário. Eles contaram depois da apresentação que ficaram muito emocionados vendo a trajetória dessa missionária que foi uma força de expressão do espiritismo na capital federal.

Louca não

A canção que leva esse título foi cantada pela personagem Sinhá, mãe de Dona Irene. E trouxe a reflexão sobre o sofrimento que a incompreensão daqueles que conviveram com os médiuns causou durante anos. Por décadas, médiuns foram considerados loucos e, por isso, internados em hospícios. Sinhá foi uma dessas pessoas que sofreram com a falta de entendimento. Mas a saga do sofrimento continuou e Dona Irene também passou por essa chaga até encontrar o marido Mario com quem conheceu o espiritismo. Deixou a igreja evangélica, após muitos anos, mostrando para todos que nunca é tarde para dar início a missão de vida. D. Irene passou a se dedicar a divulgação da doutrina através de peças teatrais e novelas, se tornando a dama do teatro espírita.

“Mediunidade não é prova, não é punição, não é loucura é instrumento de trabalho”. Esse é um dos trechos da peça que traz a iluminação do que é ser médium a luz do espiritismo.

Dizer Sim

Germana Carsten, diretora geral do espetáculo, afirmou que a obra é uma forma de celebrar os 100 anos de nascimento de Dona Irene. Ela contou que há alguns anos foi convidada por Dona Irene a realizar um trabalho em conjunto. Mas aquela obra não saiu do papel. Com a voz embargada revelou: “estou emocionada por hoje dizer sim a Dona Irene.”

A peça chegou a ser apresentada inicialmente em janeiro. Ela foi criada para celebrar o aniversário da Comunhão Espírita. Mas agora, de forma inédita, o ato 7 é apresentado. Ele foi escrito com base nas pesquisas no trabalho realizado por Dona Irene na casa. O principal deles: as cartas do grupo Diaz da Cruz. Dona Irene mudou e salvou vidas ao revelar para as pessoas com quem cruzou o caminho. Alguns exemplos são apresentados como o caso de Cíntia que quase perdeu o bebê. Dona Irene, avisou aquela mãe que o bebê que estava ainda no útero havia se enrolado no cordão umbilical. O parto de emergência foi feito após o alerta da médium e o pequeno Rafael nasceu bem.

 

Prece aos suicidas

Ainda menina, morando com a vó, Irene previu que um fazendeiro, senhor Elias,  tiraria a própria vida enforcando-se. Anos depois, já na comunhão, Dona Irene começou a prece aos suicidas. Ao lado dela, o espírito de Elias se colocou à disposição da nova missão para ajudar aqueles irmãos que estão em desespero, prestes a cometer suicídio ou aqueles que já abreviaram a própria existência. O espetáculo contou essa passagem. E trouxe ao público mais um momento de grande emoção. A atriz que interpreta Dona Irene, começa a cantar a música “segura na mão de Deus”. Em coro, a plateia começa a cantar junto a canção.

Então, se interessou por saber mais da história dessa grande mulher? Não perca hoje a última sessão de “Memórias de Dona Irene.”

Fotos: Concita Varella 

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