Comunhão estreia peça Memórias de Dona Irene

Com direção de Germana Carsten, a peça Memórias de Dona Irene, em homenagem ao aniversário de 100 anos de uma das fundadoras da Comunhão Espírita de Brasília, estreia no dia 29 de janeiro.

A peça narra a vida de Dona Irene Carvalho e traz no elenco quatro atrizes que a interpretam durante as fases de sua vida.

Os programas Papo Espírita e Comunhão Inspira, que serão exibidos na semana da estreia, entrevistam Germana Carsten, diretora de Artes da Comunhão, responsável pelo projeto.

A roteirista Regina Borges, que interpreta Dona Irene idosa, escreveu o texto abaixo em homenagem a Irene Carvalho, narrando um pouco da sua história:

HOMENAGEM À DONA IRENE

Irene menina, Irene moça, Irene mulher,

Irene que com Mário formou um lindo casal

Irene mensageira do invisível

Conectando-se com o mundo espiritual!

Irene significa, no dicionário da língua mãe,

Generosidade, companheirismo e cortesia,

E combina com caridade, que traz paz e alegria!

Já na infância, conheceu a dor das grandes despedidas,

E viveu os conflitos da mediunidade criticada, incompreendida…

Privada tão cedo do aconchego familiar

Viu-se órfã de afeto, de amor e de cuidados…

Somente dois dos seis irmãos, puderam crescer ao seu lado!

Pensam que Irene maldisse o destino, ou o fardo pesado?

Não! Administrou com maturidade seus martírios e temores,

Pois acreditava num Jesus alerta, que ouvia, amorosamente, seus clamores.

Foram muitas as lágrimas na vida de Irene, registros das dores catalogadas…

Sofria com toda aquela gente que a fazia se sentir diferente, endemoniada,

Pois desde criança era vítima de empurrões, ouvia gritos, palavrões, gemidos…

Abrindo chagas profundas, num espírito sofredor e oprimido…

A primeira premonição veio ainda criança, sem muito compreender,

Uma voz alertou-lhe que seu avô, daí a alguns dias, viria a falecer,

Tudo aconteceu conforme lhe foi contado, e ainda no enterro,

O falecimento de outro tio, também lhe foi participado…

Só à luz da Doutrina Espírita, já com mais de trinta anos de idade,

Irene pode compreender sua paranormalidade!

Foi em outubro de 1952 que casou-se com Mário Carvalho

Amor verdadeiro de uma existência  difícil, sofrida…

Na viagem de núpcias, um desconhecido profetizou com seriedade

Que Irene tinha uma missão a ser cumprida, no campo da mediunidade!

Da união com Mário nasceram três filhos: Sandra, Lígia e Osvaldo,

Edificaram em Brasília um lar cristão e abençoado!

Irene e Mário foram, dentre outros irmãos conhecidos,

Os fundadores da Comunhão Espírita, no seio da Capital,

Disseminando o Evangelho, a Doutrina e o Conforto Espiritual.

A caridade foi, na vida dos dois, a marca registrada,

Muitas vezes mataram a fome do corpo físico e da alma atribulada

Dos irmãos que os procuravam com sofrimentos profundos,

Por se sentirem frágeis, diante das provas e expiações deste mundo!

E caminharam os dois de mãos dadas, nas trilhas do amor universal,

Mesmo quando Mário retornou ao mundo espiritual,

Irene prosseguiu, uma mulher vibrante, bondosa, determinada,

Consciente da missão sublime que lhe foi confiada

A mediunidade com Jesus, vivenciada de forma responsável e serena

Sabendo ser este o dever de casa a ela atribuído, na bendita escola terrena!

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